Nem sempre é confortável falar sobre o tema da Depressão pois quando já está instalada estamos num grau importante de sofrimento e é por isso que o ideal seria reconhecermos os sinais e sintomas deste sofrimento.

Você já sentiu uma angústia sem saber dizer o que é, porque apareceu, mas vem tirando a sua capacidade de se sentir bem? Você já teve pensamentos que não saiam de sua cabeça, como, por exemplo, pensamentos às vezes em forma de medo, que de toda a forma, agiam sobre você impedindo uma clareza mental e, de certa maneira, você foi deixando de ser livre para pensar claramente, pois os pensamentos indesejados se sobrepunham aos que gostaria de se apropriar?

A causa desses pensamentos e sentimentos podem ser diversas e como exemplos temos momentos de transição em sua vida, uma doença na família, uma necessidade de tomar uma decisão complexa, cansaço do puerpério, a sensação de perda de controle de determinadas situações ou da própria vida e até, simplesmente, o fato de viver numa época que por si só já é um fator de stress dado o ritmo acelerado e a quantidade de tarefas que se apresenta para lidarmos a cada dia.

Lidar com fatores de stress exige de nós uma capacidade de reação, uma adaptação para sentir o impacto e, em nosso tempo, lidar e ser maior, nos sobrepor ao que nos atravessa. Quando perdemos essa capacidade de nos adaptar e lidar acabamos adoecendo, passamos a ter transtornos de ansiedade, pânico e depressão.

No contexto da ansiedade, uma incerteza pode se apresentar em relação ao futuro: “Eu saio do meu centro no aqui e agora”. Nesta direção, nos projetamos para fora do nosso eixo. Nesse “lugar” é comum sentir a perda de controle, inclusive do próprio corpo. Então passamos, assim, a ter pensamentos acelerados, sentimentos de angústia, confusão sobre meu sentir. Com essa agitação mental e emocional se perde a coerência nas conclusões, distorce a percepção da realidade e perde qualidade nas escolhas de vida.

No contexto da depressão, uma mágoa, culpa, ressentimento, trauma, situações mal geridas no passado se tornam um fardo pesado e aterrorizam a vivência de estar no momento presente. Aos poucos, o indivíduo fecha-se em si mesmo, pois a compreensão simples sobre a vida se torna complexa, turva e/ou sem sentido.

Enquanto conscientes dos sintomas transitórios estamos nos adaptando à vida. Estamos conscientes, acolhendo e lidando com os sintomas e suas causas. A questão é que quando perdemos a consciência, ela passa gradativamente a ser turva e apenas um pedaço da nossa consciência está direcionada para nós mesmos.

Como podemos ganhar força de adaptação e evitar adoecimento mental e emocional?

Uma possível resposta é: Vivendo o momento presente, no aqui e agora, atentos ao nosso sentir, observando nossas emoções e lidando com elas. Quando nosso sentir está apenas baseado em gostar e não gostar, sem consciência, me perco em relação à compreensão que vai além deste gostar, como, por exemplo, porque se torna necessário às vezes experimentar algo mesmo que eu não goste ou, porque não viver algo se eu gosto.

Se faz interessante observar que também temos a experiência de sentir limitada. Levar contexto não se trata de travar o sentir com pensamentos e sim compreender o que estamos sentindo, porque sentimos de determinada maneira. Lidar com o sentimento, validando e acolhendo, mas não nos entregando a ele de forma que nossa vida seja guiada apenas pelo que gostamos ou não gostamos. Na maioria das vezes, quando seguimos por esta linha estamos apenas evitando o desprazer de determinadas situações em vez de realizar ações e escolher de forma presente e apropriados de nossos valores.

Quando descuidamos da consciência de nós mesmos e cada situação, aos poucos vamos nos tornando cada vez mais inconscientes, mais determinados, mais tolhidos e mais densos. Estamos contraídos. Nessa hora algo dentro de nós passa a gritar, às vezes chega mesmo a doer como se fosse uma dor física. Desespero!

Para que esse movimento subjetivo de contração cesse, é importante estarmos conscientes, compreendendo os sintomas como um alerta para a direção da recuperação. Mesmo que venha de forma lenta, tal recuperação é constante e nos permite o retorno de nossa capacidade expansiva e consciência da liberdade de viver com nossos propósitos e valores presentes.

Desta maneira, nos parece importante aprender a lidar com cada situação, momento e sentimento de forma que o controle não seja apenas evitativo de situações que qualificamos como ruins. Conscientes do momento presente evitamos a necessidade de controlar o mundo interior e exterior tornando-nos ausentes em nosso sentir e sobre nossos valores. Olhar o passado com compaixão e aprender com ele é importante mas vale o cuidado para não ficarmos presos naquele tempo. Transformar e superar cada momento de forma criativa!

Viver no presente o presente, gerar uma vida boa e abundante para nós próprios e nosso entorno e que isso não seja apenas um peso ou um fator de ansiedade paralisante. Que seja simplesmente um fluxo, que possamos aprender a fluir mesclando nosso controle com o que é possível nestas situações.

Este é um bom desafio para nossa época que a cada dia se apresenta mais como polos ou extremos e não como fluxo que às vezes pende mais para um lado ou outro nos convidando a conscientemente harmonizar melhor essa balança que está em movimento.

Através das essências do Sistema Universal Healing é possível o trabalho em diversos momentos de caos.

Como exemplo, com a essência Luz atuamos harmonizando o turbilhão mental, com a essência Esperança atuamos harmonizando o emocional ou com a essência Sopro de Vida trabalhamos a harmonia do nosso corpo físico.

Mas, e quando há desarmonia nesses três corpos? Bom, nesse caso a essência Vórtice que, como o nome diz, atua nesse caos completo em forma de vórtice ou redemoinho para que seja, então, possível que uma nova ordem se coloque.

Restaurada a ordem, precisamos compreender a causa da depressão ou da ansiedade e, assim, com a biografia mais clara, podemos chamar outras essências ao processo.

Se você se reconheceu nesse texto, que tal contatar um de nossos terapeutas ou buscar a ajuda que te faz mais sentido? Crises aparecem para todos nós, faz parte de diversos movimentos da vida e é importante lidarmos com elas ao nosso tempo e à nossa maneira. Não deixe de lado a sua, se acolha e dê movimento.

Companhia neste processo é sempre bem-vinda e estamos aqui para seguirmos juntos.

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Gratidão!